30 de julho de 2016

“Seja Gentil, Porque Todas As Pessoas Que Encontra Travam Uma Dura Batalha.”



"Be kind, for everyone you meet is fighting a hard battle."

Abaixo transcrição do video de Ken Wapnick


“Na Grécia Antiga, havia uma importante citação. Habitualmente atribuída a Filo, embora, por vezes, a Platão, sobre a qual, na verdade, já fiz um workshop, que diz: “Seja gentil, porque todas as pessoas que encontra travam uma dura batalha.” Esse é o nosso tema para esta tarde.

Seja gentil, porque todas as pessoas que encontra travam uma dura batalha. E essa ideia poderia, com certeza, ser retirada diretamente do Um Curso em Milagres.

A ideia-chave aí – aliás, há dois termos-chave nessa frase. Um, claro, é gentileza – ser gentil. E a outra é TODAS AS PESSOAS.

TODOS travamos uma dura batalha.

O inicio da Lição 182 “Eu me aquietarei por um momento e irei para casa” é inteiramente sobre como todos nós travamos a mesma dura batalha de estarmos num mundo que não é a nossa casa, de nos sentirmos um estranho num corpo e num universo físico, e que, em algum lugar dentro de nós, na nossa mente certa sabemos que não é a nossa casa.

A verdadeira casa é o Céu. E, neste mundo, a nossa verdadeira casa é na mente certa que contém o princípio da Expiação que nos diz que a separação nunca aconteceu e que, portanto, a projeção desse pensamento de separação, ou seja, o mundo, também nunca aconteceu.

Daí, em todo o Curso nos ser dito repetidamente que todos necessitam de nosso perdão; estamos todos no mesmo barco da infelicidade.

No Manual de professores, perto do início, é nós dito que a característica... a característica principal de um professor de Deus, que o/a torna num professor(a) de Deus é que ele(a) não vê os interesses do outro separados dos seus próprios.

Porque todos partilhamos dos mesmos interesses, da mesma necessidade. Todos temos o mesmo objetivo em mente, e o mesmo propósito em comum.

Que é, de alguma forma, reconhecermos que, ou vamos para casa todos juntos, ou ninguém vai; que estamos todos juntos no mesmo barco infeliz do ego.

Juntos! Separamo-nos como um e retornaremos com um.

É isso o que o Curso chama de a Segunda Vinda.

Mas antes de o fazermos coletivamente, temos que o fazer individualmente.

É isso que no manual, quer dizer “só um necessário um professor para salvar o mundo.” E cada um de nós tem que o fazer, aparentemente, como um indivíduo, com uma mente aparentemente separada, reconhecendo que somos todos o mesmo, e que, se excluir uma pessoa da Filiação, em virtude da minha raiva ou da minha insatisfação para com eles, ou o especialismo do amor especial ou ódio especial, eu excluo toda a Filiação, incluindo eu próprio, incluindo Jesus, ou qualquer outra pessoa que eu considere livre do ego.

Somos todos o mesmo. Todos temos o mesmo ego, o mesmo Espírito Santo e o mesmo poder para escolher entre eles.

Todos com quem nos encontramos travam uma dura batalha; portanto, deveríamos ser gentis.

Porquê querer atacar alguém que já se atacou a si próprio?

E ele se atacou a sí próprio simplesmente por acreditar que está aqui. E se eu for indelicado com você, tenho também que ser indelicado comigo, porque somos todos um.

“Ideias não deixam sua fonte.” “A projeção faz a percepção.” Estes dois andam sempre de mãos dadas.

Ideias não deixam sua fonte. O pensamento de separação nunca deixou a sua fonte na mente, o que significa que não há mundo lá fora.

Mas quando penso que há um pensamento separado que é real na minha mente, eu projeto-o para fora e é isso que percebo, acreditando que a projeção funciona.

Posso me livrar da crueldade para comigo próprio, que é onde nasce a culpa, por ter sido cruel comigo mesmo e cruel com o meu Criador e a minha Fonte.

Então, a origem dessa crueldade está na minha mente e eu acredito que posso projetá-la para fora. E por que penso que posso projetá-la para fora eu acredito vê-la nos outros. E os torno cruéis e chamo a isto pecado.

E, por isso, eles não merecem a minha gentileza porque são intrinsecamente cruéis. Esqueço-me de que fui eu quem os tornou cruéis.

Eu não sou responsável pelas outras pessoas escolherem o ego, mas sou responsável por querer que elas o escolham, e sou, com certeza, responsável por perceber o ego nelas, em vez de ver a mente certa, ao invés de ver o ego como uma defesa contra a mente certa.

Por isso, eu deveria ser gentil com todos, o que o Curso diz, com frequência, com cada coisa viva, eu deveria ser gentil com tudo e com todos porque todos estamos no mesmo barco infeliz do ego, porque acreditamos que pecamos contra a nossa Fonte, estamos dominados pela culpa e, portanto, a única maneira de podermos escapar dessa culpa é projetando-a para fora e vê-la em tudo à nossa volta, menos em nós próprios.

Assim, só perdoando é que eu aprendo que estou perdoando.

A forma de aprender a reconhecer que somos todos o mesmo é ser gentil com todos, sem exceção.

É por isto que não há ordem de dificuldade em milagres.

Nesse contexto, a gentiliza é o milagre. E todos merecem gentileza porque todos nós sofremos. Todos travamos a mesma dura batalha de tentarmos sobreviver num mundo estranho que nós inventamos, e depois nos esquecemos que o fizemos.

Mais uma vez, estamos todos na mesma situação terrível descrita no início da Lição 182. De fato, Jesus diz: “Não há ninguém que não saiba do que estou falando.”

Todos nós sabemos. Todos estamos cientes de como somos estranhos aqui. E, por isso, todos precisamos da gentileza amorosa do perdão que nos diz que isso foi apenas um equívoco. Foi apenas um sonho mau.

Por isso, por favor, seja gentil, pois todos com quem se encontra travam uma dura batalha. A sua dura batalha. A nossa dura batalha.

E nós deixamos esta dura batalha todos juntos, ou não a deixamos de todo.”
 

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